quarta-feira, 23 de novembro de 2016

MICHEL TEMER NEGOCIA COM OS GOVERNADORES


Que existe uma crise instalada no Brasil, não há dúvidas, afinal de contas ouvimos isso frequentemente, nesse sentido os entes federados movimentam-se com intuito de obter mais recursos para garantirem a execução de suas responsabilidades.
A União, que é o ente que concentra a grandiosa maioria dos recursos produzidos pelo país, (algo em torno de 58%), está apresentando uma série de medidas que visam, na palavra do atual Presidente Temer (PMDB/SP) e seus correligionários, “equilibrar as contas públicas” para isso defende um pacote de medidas, como a reforma da Previdência, do Ensino Médio, do Plano de reestruturação do Banco do Brasil, dentre outras, que a grosso modo, estão todas abarcadas pela PEC 55 no Senado (e que na Câmara era 241).
Neste final de 2016, um ano turbulento na economia e na política brasileira, prefeitos e governadores buscam, segundo os mesmos, meios de garantir o cumprimento de suas obrigações constitucionais. O Governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), por exemplo, já anunciou a necessidade de mudanças na legislação gaúcha para “equilibrar as contas”, afirmou que o Estado deve fechar 2016 com déficit de 2,5 bilhões, 2017 com 5,3 bilhões e 2018, com impressionantes 8,8 bilhões. O Governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (PMDB), por sua vez, diz que a situação de seu Estado, é mais grave ainda.
Em meio a todas essas dificuldades, eis que surge recursos oriundos da repatriação, que podem nesse momento ser o oxigênio que falta para fechar o ano, ou ao menos diminuir o rombo, principalmente para o caso dos prefeitos, já que este foi um ano de eleições municipais. A Confederação Nacional dos Municípios (CNM), já divulgou uma lista com valores que os Estados devem receber e distribuir com os municípios. (http://www.cnm.org.br/portal/images/stories/17112016_Nota_FPM_2_Novembro_2016.pdf) (acesso em 23/11/2016). A agência Brasil também publicou matéria sobre o tema, conforme link abaixo, (http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2016/11/governo-federal-ficara-com-r-38-5-bilhoes-de-recursos-da-repatriacao) (acesso em 23/11/2016).
No dia de ontem (22/11), os governadores reuniram-se com o Presidente, com vistas a garantir essa “ajudinha”. A reunião ocorreu em bom clima, (embora não como os famosos jantares), na oportunidade, Temer e sua equipe econômica, afirmaram que os recursos serão divididos entre os estados, mas com ressalvas, pois os estados terão que comprometer-se em ajudar o Governo Federal a aprovar medidas a nível nacional, bem como aplica-las em suas respectivas esferas de poder, sendo que algumas dessas medidas já estariam contidas na PEC 55 e outras são mais específicas, de uma forma ou de outra, é o caso de não aumento de salários; não realização de concursos públicos, corte de 20% nos cargos comissionados; alteração na legislação referente a previdência e outros, esse último chama muita atenção, porque a reforma da Previdência, se quer possui texto, mas após a reunião já tem defensores da  “causa” (digo da reforma).
Vale ressaltar, que tratando-se da disputa pelos recursos existentes em razão da repatriação, os Estados já possuem ações no STF, e os juristas ouvidos afirmam categoricamente que os recursos obrigatoriamente devem ser divididos com os Estados, pois são oriundos de impostos, o detalhe é que essa ação foi também alvo do presidente, pedindo que os estados retirem as ações.
Resumidamente falando, podemos dizer que Michel Temer, retirou aquilo que não o pertencia e para devolver, garantiu o que precisava.

No dia do músico (PARABÉNS A ESSES PROFISSIONAIS), parece que houve uma reunião que fará o povo “dançar”.

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